quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AUSÊNCIA DOS SERVIDORES PREJUDICA A INTENÇÃO DE DEBATER O PRONATEC NO CAMPUS DE JOÃO PESSOA

Foto: Comunicação Social do IFPB

Crisvalter Medeiros


O debate sobre o PRONATEC, que aconteceu ontem (05), no auditório José Marques, do Campus do IFPB, em João Pessoa, fortalece a visão da hipocrisia da atual gestão da Instituição. A platéia composta por meia dúzia de servidores não representou o conjunto da categoria. Não houve a mesma disposição dos gestores para convocar os servidores como aconteceu na assembléia para por fim à greve nacional.
Por outro lado, há indícios de que o projeto deverá ser desenvolvido no mesmo estilo clientelista das demais ações institucionais, premiando-se quem é aliado e excluindo quem se matem em uma posição crítica diante da gestão.

O órgão mais importante na execução do PRONATEC, a Pró-Reitoria de Extensão, não se fez presente ao debate. O que se viu, mais uma vez, foi o estilo de “gestão vicariante” que vem sendo adotado na instituição com o super-professor Paulo de Tarso, com todo respeito às suas competências acadêmicas, substituindo outros gestores do IFPB. O lado positivo do evento foi a intenção do SINTEF-PB, em debater o projeto, o que é bastante louvável nas circunstâncias atuais.
Os grandes protagonistas da ‘mise en scène” do debate sobre o PRONATEC foram os estudantes representantes das entidades que, com discursos onde se percebia a óbvia orquestração da gestão e de partidos políticos, roubaram a cena que seria dos servidores da Instituição.

Em suma, o debate sobre o PRONATEC ainda não aconteceu, é preciso convocar os servidores para fazer essa discussão que também não pode prescindir da participação das representações dos movimentos sociais.

Por fim, gostaria de lembrar que a educação profissional e tecnológica no Brasil foi implantada há mais de cem anos com o objetivo de atender aos desvalidos da sorte. Essa educação continua correndo através desses desvalidos que são mais rápidos e se proliferam de maneira mais profusa que as políticas públicas na educação. Como a educação brasileira depende de iniciativas da elite intelectual, uma das mais cruéis e desumanas do mundo, continuaremos na mediocridade e na base da hipocrisia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário